05 maio 2010

"Bento XVI não deveria ser Papa"

Uma entrevista com o Historiador Juan Maria Laboa Gallego, profundo conhecedor da história da Igreja Católica nos revela um pouco da personalidade de Bento XVI e de seu pontificado. (RUE)

Autor de "História dos Papas" considera pontificado de Bento XVI "cinzento", mas realça a importância de recentes decisões para consolidação da Igreja Católica

Especialista em História da Igreja, Juan Maria Laboa Gallego mergulhou em dois mil anos de história eclesiástica para reconstituir a vida dos homens que ocuparam o trono de São Pedro.

Um retrato de 268 papas, onde não falta a vida do português João XXI, ainda que não passando de uma simples alusão. De todos os pontificados, são os últimos cinco anos com Bento XVI que considera serem os mais difíceis de analisar.

Refere no seu livro que Bento XVI tem um "perfil modesto". Será assim que o papa ficará na memória?

Este pontificado é um pouco cinzento. Se Bento XVI hoje morresse e não viesse a Portugal, dele não se lembrariam. Também me parece que não está muito interessado em ser recordado.

Ou seja, Bento XVI tem muito pouco em comum com os últimos pontificados?

Tem algumas coisas em comum com João Paulo II, mas parece querer ter no seu pontificado menos mediatismo. Para João Paulo II era tudo público. Bento XVI parece dizer: é preciso ter calma e pouca exposição. Aparece pouco, fala pouco e é muito mais contido. As pessoas têm lhe pouca simpatia, até porque nada faz para ser simpático. Mas está a tomar algumas decisões importantes para a vida da Igreja.

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