12 janeiro 2010

Discurso de Bento XVI a diplomatas de 178 países


Cidade do Vaticano, 11 jan (RV) – A preservação da natureza esteve no centro do discurso de Bento XVI ao corpo diplomático credenciado junto à Santa Sé, recebido esta manhã na Sala Regia, no Vaticano, para as felicitações no início do novo ano.

Recebendo os embaixadores de 178 países, em seu discurso, o papa saudou todas as outras nações da Terra: "O Sucessor de Pedro mantém aberta a sua porta para todos, e com todos deseja tecer relações que contribuam para o progresso da família humana".

A seguir, Bento XVI falou dos perigos ecológicos que ameaçam o planeta: "A negação de Deus desfigura a liberdade da pessoa humana, mas devasta também a criação. Daqui resulta que a preservação da natureza não visa tanto responder a uma exigência estética, mas, sobretudo, a uma exigência moral", citando a recente Cúpula de Copenhague, e os eventos sobre o clima que aguardam os líderes mundiais em 2010, fazendo votos de que chegue a um acordo satisfatório.

Ao falar sobre segurança alimentar, o papa recordou de sua viagem a Camarões e Angola em março do ano passado e realização do Sínodo para a África. Os Padres Sinodais assinalaram, com preocupação, a erosão e a desertificação de amplas extensões de terra cultivável, por causa da exploração selvagem e da poluição do ambiente. Na África, como em outros lugares, é necessário adotar opções políticas e econômicas capazes de assegurar formas de produção agrícola e industrial que respeitem a ordem da criação e satisfaçam as necessidades primárias de todos.

Por outro lado, a luta pelo acesso aos recursos naturais é uma das causas de vários conflitos. "Esta é mais uma razão que me leva a repetir com vigor que, para cultivar a paz, é preciso proteger a criação" – disse o papa. "Em diversas partes, há ainda vastas extensões, por exemplo, no Afeganistão ou em alguns países da América Latina, onde infelizmente a agricultura ainda está ligada à produção de droga, constituindo uma fonte não indiferente de emprego e subsistência."

"A proteção da criação é um fator importante de paz e de justiça" – recordou. O papa condenou as guerras em Darfur, na República Democrática do Congo e na Somália. Mencionou as perseguições religiosas contra os cristãos do Médio Oriente, citando a convocação do Sínodo dos Bispos para o outubro próximo, no Vaticano.

Falando da Europa, analisou a mídia e o tratamento dispensado à religião, particularmente à religião cristã. Discorreu sobre a laicidade positiva, aberta, que, fundada sobre uma justa autonomia da ordem temporal e da ordem espiritual, favorece uma sã cooperação e um espírito de responsabilidade compartilhada.

No contexto da preservação da natureza e da salvaguarda da Criação, o papa relevou um aspecto importante, característico do 'ser cristão': a solidariedade, expressa por muitos nos momentos de necessidade.

Bento XVI citou as catástrofes naturais que semearam mortes, sofrimentos e destruições, neste ano que passou, nas Filipinas, no Vietnã, Laos, Camboja, na ilha de Taipei e na Indonésia, e ainda na região italiana dos Abruzos, ferida pelo terremoto em abril passado.

"Mas, além da solidariedade, a preservação da criação tem necessidade também da concórdia e da estabilidade dos Estados" – sugeriu o pontífice.

Para defender a paz em meio a divergências e hostilidades, os líderes devem seguir com tenacidade o caminho de um diálogo construtivo. Como exemplo, Bento XVI citou a América Latina, recordando o ocorrido há 25 anos com o Tratado de Paz e Amizade entre a Argentina e o Chile, concluído graças à mediação da Sé Apostólica, e a atual aproximação entre Colômbia e Equador, depois de vários meses de tensão.

A respeito de pacificação, foram recordados o entendimento concluído entre a Croácia e a Eslovênia e o acordo entre a Armênia e a Turquia, além de auspiciada a melhora das relações entre todos os países do Cáucaso meridional.

Uma vez mais, o papa elevou a voz pedindo que seja universalmente reconhecido o direito do Estado de Israel a existir e gozar de paz e segurança nas fronteiras internacionalmente reconhecidas; e igualmente, que seja reconhecido o direito do povo palestino a uma pátria soberana e independente, a viver com dignidade e a movimentar-se livremente.

O pontífice pediu o apoio de todos para que se protejam a identidade e o caráter sagrado de Jerusalém: “Só assim, esta cidade única, santa e atribulada poderá ser sinal e antecipação da paz que Deus deseja para toda a família humana”.

Sobre o Iraque, Bento XVI exortou seus governantes e cidadãos a superarem as divisões, a tentação da violência e a intolerância, para construírem juntos o futuro do país.

Enfim, abordando um tema da crônica de nossos dias, o papa recordou a necessidade de respeito, segurança e liberdade para as comunidades cristãs, citando o Paquistão, duramente fustigado pela violência nestes últimos meses.

Ainda a respeito de violência anticristã, o papa mencionou o deplorável atentado contra a comunidade copta egípcia nestes últimos dias, precisamente quando festejava o Natal.

Bento XVI fez votos de soluções compartilhadas para situações difíceis no Irã, no Líbano, na Guiné e em Madagascar, e se desculpou por não poder citar todos os países representados.

Concluindo, recordou que há tanto sofrimento na humanidade e o egoísmo humano danifica a criação de muitas maneiras. É por isso que a expectativa da salvação, que diz respeito a toda a Criação, aparece ainda mais intensa e está presente no coração de todos, crentes e ateus. Suas últimas palavras foram de esperança:

"Que a luz e a força de Jesus nos ajudem a respeitar a ecologia humana, cientes de que esta beneficiará a ecologia ambiental, porque o livro da natureza é único e indivisível. Poderemos assim consolidar a paz para as gerações atuais e futuras." (BF/CM)

Fonta Rádio Vaticana

Nota: O mundo está bebendo do vinho de sua prostituição. Foram 178 países, ouvindo BXVI clamar por um acordo climática para proteger o planeta da destruição iminente. Ele (BXVI) afirma que preservar a natureza é uma exigência moral, sabemos que o código moral da igreja CAR é os seus dez mandamentos, muitas vezes chamado de lei natural. Mandamentos esses, adulterados pela própria igreja como sinal de autoridade. Pois eles afirmam que o Pontífice Máximo (O Papa) é o representante de Cristo nesta terra, se alto proclamando como a pedra fundamental da igreja, conceito este tirado da conversa entre Cristo e Pedro. Cristo jamais afirmou que Pedro era a Pedra, Jesus se referia a Ele mesmo; o próprio Pedro entendeu, pois afirmou que Pedra era Cristo (At. 4:11; I Pe. 2:4-8). Paulo também afirmou categoricamente que Jesus é a Pedra (I Co. 10:4; Ef. 2:20). Pedro nunca foi o papa da Igreja, pelo contrário, o principal líder da Igreja Apóstolica foi Tiago (Gál. 2:9), perceba que Tiago é citado como a primeira coluna, depois dele é que vem Pedro e, logo depois, João.