22 outubro 2009

Papa renova apelos ecológicos


Bento XVI renovou hoje os seus apelos em favor da defesa do ambiente, defendendo que todos os cristãos têm obrigação de dar um “testemunho credível” nesta matéria.

Numa mensagem enviada ao Simpósio “Religião, Ciência e Ambiente”, promovido pelo Patriarca de Constantinopla (Ortodoxo), Bartolomeu I, o Papa diz que esta é uma causa que precisa da unidade das Igrejas e comunidades cristãs, chamadas a “colaborar de todas as formas possíveis para assegurar que a nossa terra possa conservar intactamente aquilo que Deus lhe deu: grandeza, beleza e generosidade”.

A mensagem papal foi lida na abertura dos trabalhos pelo arcebispo de Nova Orleães (EUA), D. Gregory Michael. A iniciativa tem como tema “Restabelecer o equilíbrio: o grande Rio Mississipi".

Depois do Árctico, as atenções de líderes religiosos, políticos e homens da ciência vira-se agora para uma região que foi duramente atingida em 2005 pela passagem do furacão “Katrina”.

Para o Papa, a solução das crises ecológicas do nosso tempo passa por profundas mudanças “da parte dos nossos contemporâneos”.

Neste sentido, mostrou-se plenamente de acordo com Bartolomeu I – conhecido como o “Patriarca verde” nas redes sociais, em função do seu compromisso ecológico – quanto ao facto de estarmos na presença de questões “de natureza essencialmente ética”.

O cuidado e a protecção do meio ambiente, acrescenta Bento XVI, implicam a resolução de “problemas urgentes”, que se referem a “importantes questões políticas, económicas, técnicas e científicas”.

Citando a sua última encíclica, Caritas in veritate, o Papa recordou que a natureza é “uma prioridade para todos”.

Bento XVI não deixou de aludir aos acontecimentos de Agosto de 2005, assegurando que “os meus pensamentos e as minhas orações estão com todos os que experimentaram sofrimento, privação e mudança forçada, especialmente os pobres, e com quantos se empenharam no trabalho paciente de reconstrução e renovação”.

O Papa observou ainda que “os grandes sistemas fluviais de cada Continente estão hoje expostos a sérias ameaças, muitas vezes como resultado de actividades e decisões do homem”.

Sobre esta matéria, Bartolomeu I disse quetodos temos a nossa responsabilidade” e que “cada decisão, pessoal e colectiva, determina o futuro do planeta”.

Para o Patriarca Ecuménico de Constatinopla, a humanidade chegou ao ponto em que “se atingiram os limites absolutos para a nossa sobrevivência”.

Fonte Agência Ecclesia