01 julho 2009

Chefe da ONU diz que novo pacto de emissão deve ser assinado

TÓQUIO - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse nesta quarta-feira, 1º, que o mundo precisa entrar em acordo sobre um novo tratado para diminuir a poluição na convenção de dezembro em Copenhagen e pediu aos líderes empresariais que unam esforços contra o aquecimento global.

Ban, que colocou as mudanças climáticas do planeta no topo de suas prioridades desde que assumiu o cargo na ONU, disse que mobilizaria "cada esforço" para chegar a um acordo na convenção da ONU para adotar medidas que substituiriam o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.

"Precisamos selar um acordo em Copenhagen, em dezembro deste ano", disse o chefe da ONU a líderes empresariais japoneses. "Será o momento da verdade em Copenhagen, quando decidiremos se vamos continuar no caminho do desastre tomando a mesma atitude lucrativa de sempre ou se vamos encontrar o caminho do crescimento sustentável", disse. "Sabemos a resposta. Temos que tomar o caminho do crescimento sustentável", completou.

O secretário realiza uma viagem de três dias ao Japão antes de ir para Mianmar, na sexta-feira, 3. Ban se encontrará com o primeiro-ministro japonês, Taro Aso, nesta quarta-feira para discutir a situação de Mianmar, país governado pelos militares, que mantiveram o líder da oposição, Aung San Suu Kyi preso por mais de 13 dos últimos 19 anos, a maioria deles em prisão domiciliar. As ameaças nucleares da Coreia do Norte também estão na pauta de debates entre os dois líderes.

Sobre as mudanças climáticas, Ban pediu aos líderes japoneses que ajudem o mundo na redução da emissão de gases poluentes. "Seu papel é extremamente, crucialmente importante. Conto com sua liderança", disse o secretário.

O Japão, o quinto maior país emissor de gases poluentes do mundo, anunciou em junho uma nova meta de cortar em 15% suas emissões até 2020 considerando os índices de 2005. O premiê japonês disse que o objetivo está de acordo com os índices estipulados pela União Europeia e pelos EUA.

Fonte O Estadão