26 maio 2009

Maior desemprego pode gerar crise social, diz Banco Mundial

Robert Zoellick disse ao jornal 'El País' que crise econômica pode se tornar crise do desemprego
Deise Vieira, da Agência Estado

MADRI - O aumento do desemprego causado pela crise econômica mundial pode acabar gerando uma grave crise social, afirmou Robert Zoellick, presidente do Banco Mundial, segundo o jornal El País.

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"O que começou como uma grande crise financeira se tornou uma profunda crise econômica, que agora está caminhando para uma crise de desemprego. Se não tomarmos medidas, há um risco de que aconteça uma grave crise social", disse ele, de acordo com o jornal.Zoellick acrescentou que uma recuperação na economia mundial será de "pouca intensidade" por um período prolongado, já que há muita capacidade ociosa na indústria. Além disso, segundo ele, ainda há um elevado grau de incerteza e risco. "Ninguém sabe com certeza o que acontecerá, e é melhor nos prepararmos para qualquer imprevisto", disse ele. As informações são da Dow Jones.

Desemprego na Europa

O desemprego no Reino Unido, com base na medida da Organização Internacional do Trabalho (OIT), subiu para 2,2 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano e atingiu o maior nível desde o último trimestre de 1996, informou nesta terça-feira, 12, o Escritório Nacional de Estatísticas. A taxa de desemprego correspondente alcançou 7,1% no Reino Unido.

A economia da Grã-Bretanha teve a maior retração desde 1979 no primeiro trimestre, quando o gasto do consumidor teve a maior queda desde 1980 e as empresas usaram estoques em ritmo recorde. Segundo a Agência Nacional de Estatísticas, o Produto Interno Bruto (PIB) do país caiu 1,9% em relação aos trimestre anterior.

EUA

O número total de norte-americanos que recebiam auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiu em 75 mil na semana encerrada no dia 9 de maio, para 6,662 milhões, no maior nível desde que o governo dos EUA começou a acompanhar os pedidos, em 1967. A taxa de desemprego referente aos trabalhadores com direito ao benefício e que estão recebendo o auxílio-desemprego atingiu 5%, a maior taxa desde 25 de dezembro de 1982, subindo de 4,9% na semana anterior.

Fonte O Estadão