13 dezembro 2008

Crise pode ser 'calamidade' para direitos

A Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, declarou que as promessas contidas na Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que completa seu 60º aniversário hoje, ainda não foram cumpridas para milhões de pessoas em todo o mundo.

Após a Segunda Guerra Mundial, muitos estavam determinados em assegurar que jamais haveria outro Holocausto e que todos – especialmente os pobres, famintos, refugiados e marginalizados – teriam instituições e leis para protegê-los, afirmou Pillay. “Apesar de todos os nossos esforços nos últimos 60 anos, este aniversário passará em branco para muita gente”, disse a Alta Comissária. “Milhões de pessoas no mundo todo ainda não sabem que têm direitos os quais podem exigir, e que seus governos são responsáveis por eles.”

Pillay também enfatizou que a crise financeira global pode piorar a já triste situação enfrentada pelos mais pobres e marginalizados, acrescentando que a pobreza é, ao mesmo tempo, causa e resultado de violações dos direitos humanos. “Precisaremos ser extremamente vigilantes nos próximos meses para assegurar que programas de desenvolvimento e segurança social sejam mantidos ou melhorados, para que os efeitos da crise não se tornem calamitosos”, salientou.

Apesar da crescente influência do jornalismo online, de organizações não-governamentais (ONGs) e outros grupos da sociedade civil na divulgação de violações de direitos humanos, “nenhum país pode relaxar e dizer: ‘Chegamos lá’”, disse a Alta Comissária.

Saudando a nomeação de 2009 como o Ano Internacional do Ensino dos Direitos Humanos, ela encorajou governos, professores, pais e “outros responsáveis em todo o mundo para aproveitar este momento e garantir que a próxima geração tenha a oportunidade de exigir o que lhes foi prometido no extraordinário documento conhecido como a Declaração Universal dos Direitos Humanos.”

Fonte ONU




Nota: A crise financeira continuará a fazer suas vítimas, primeiro os mais pobres e depois...nós já sabemos.