03 outubro 2008

Os anseios da humanidade

“Eu vou gritando: paz, paz, paz!”

(I´vo gridando: pace, pace, pace! – Petrarca, 1304 - 1374)

Algumas anotações axiomáticas para este momento humano tão perturbador.

O terrorismo tem características sinistras e é inimigo da humanidade. Combatê-lo é missão imperiosa de toda a sociedade. A luta contra o terrorismo, para que se mostre realmente eficaz, passa necessariamente pela justiça social, por mudanças das estruturas sociais e pela criação de um novo tipo, mais harmonioso e digno, de relacionamento entre os Estados. Terror não se combate com terror. A rima é diferente. Terror se combate com vigor, com rigor, com destemor, com fervor.

A sociedade humana não abre mão, definitivamente, a pretexto algum, nesta urgente, necessária e indispensável tarefa, dos direitos fundamentais que conferem dignidade à vida e representam conquistas inalienáveis da civilização. A humanidade repele a idéia de guerras, santas ou não, como processo adequado para se chegar à detenção, julgamento e punição de terroristas. Como proclamava o saudoso João Paulo II, o ódio, o fanatismo e o terrorismo profanam o nome de Deus e desfiguram a verdadeira imagem do homem.

O enfrentamento do terrorismo não pode ser feito com violações à democracia e aos direitos essenciais do cidadão. O racismo deve ser, também, considerado inimigo do gênero humano.

Nem todo árabe é islamita, nem todo islamita é árabe. O terrorismo, o radicalismo religioso, étnico ou político, o fanatismo de qualquer coloração não podem ser apontados nem acolhidos como rótulos de nacionalidade nem de religião alguma. Admitir que o islamismo é sinônimo de terrorismo, porque algum tresloucado terrorista usou o nome do Islã para exprimir seu odioso preconceito contra seres humanos, é algo fora de propósito. Seria o mesmo que se sair dizendo por aí que católicos e protestantes são terroristas, por causa de alguns fanáticos irlandeses, que se proclamam católicos e protestantes, se entregarem, volta e meia, em clandestinas ações, a práticas de terror.

A grande maioria dos habitantes deste planeta azul acha-se engajada na celebração da Vida. Acredita na força do ecumenismo como valor espiritual transcendente, conforme pregado pelas lideranças lúcidas de todas as crenças. A sociedade humana quer a paz. Deseja a extirpação do terrorismo. Defende, ardorosamente, a busca de um pacto social harmonioso, justo, envolvendo todos os Estados, incluindo obrigatoriamente a ONU, para que se possa atingir com certeira eficácia os objetivos da luta, que é de todos, contra esse mal.

Cesar Vanucci é jornalista, advogado, membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro e da Academia Mineira de Leonismo

Fonte Jornal de Uberaba

Nota: Virá o dia em que todos aqueles que se colocarem "contra o planeta", "contra a paz", "contra o ecumenismo", sofrerão ataques ferrenhos de todos os lados. Na verdade não estarão se colocando contra o planeta e contra a paz, mas contra Satanás e a favor de Deus, por isso Satanás tem enganado a muitos, posso dizer que todos, só não enganará aqueles que serão chamados de filhos de Deus. Hoje estes discursos são leves e cheios de boas intenções, será que continuará assim quando as profecias que esperamos começarem acontecer de fato? Tenho absoluta certeza que não.