21 agosto 2008

Escudo antimísseis dos EUA, a muralha contra Estados fora-da-lei

VARSÓVIA (AFP) — A ampliação do escudo antimísseis americano para a Europa Central, programada para 2012, após a assinatura de um acordo com a Polônia, completará um sistema já em operação nos Estados Unidos, Groenlândia e Reino Unido.

Para se proteger de artefatos balísticos intercontinentais, de mais de 5.000 km de alcance, os americanos investiram em diversos sistemas defensivos, entre os quais se destacam:

- um sistema terrestre nacional de 21 interceptores de mísseis baseados no Alasca e outros três na Califórnia, de acordo com dados da Agência Americana de Defesa Antimísseis;

- um sistema orbital capaz de detectar mísseis na metade do trajeto para facilitar a interceptação do solo;

- um sistema terrestre avançado, posicionado fora do território americano, para interceptar os mísseis o quanto antes, com duas bases de radar já existentes em Fylingdales, na Inglaterra, e em Thule, na Groenlândia (território dinamarquês autônomo).

Para completar esse último sistema, os Estados Unidos querem instalar dez interceptores na Polônia e um radar de banda X muito sofisticado, na República Tcheca, cujo custo total é de 1,6 bilhão de dólares.

Washington afirma que seu sistema antimísseis não é dirigido, nem está apto, para neutralizar o arsenal das grandes potências atômicas (Rússia, China), devendo dissuadir os "Estados fora-de-lei" (como Irã e Coréia do Norte) de utilizar os mísseis intercontinentais que possam possuir, um dia, para atacar os EUA.

Um míssil intercontinental disparado do norte do Irã contra os Estados Unidos seguiria uma trajetória quase polar e sobrevoaria a Europa Central.

Os mísseis interceptores são projéteis de três níveis capazes de destruir um alvo inimigo, ao ser identificado pelos radares.

Defender os Estados Unidos de mísseis intercontinentais é uma das principais preocupações dos americanos desde o início da Era Atômica e da Espacial.

Os Estados Unidos investiram muito na pesquisa, no desenvolvimento e na implantação de sistemas para blindar seu território. Entre 1951 e 1997, o governo americano dedicou 100 bilhões de dólares (valor em 1997) e, nos últimos dez anos, voltou a gastar cifra equivalente, com o mesmo objetivo.

Nota: Será que resta alguma dúvida de que estamos à beira de uma guerra, talvez a profetizada em Daniel 11: 40-45, e que o fim está próximo?