31 julho 2008

Pesquisadores desenvolvem software que identifica usuário pela forma como ele digita seus dados

Há características que são únicas em cada ser humano: digitais, íris, retina e voz, por exemplo. É baseada nessas características exclusivas que tem se desenvolvido a biometria – um ramo da ciência que estuda as qualidades comportamentais e físicas dos indivíduos.

De olho nessa área do conhecimento, um pesquisador do curso de Análise de Sistemas, do Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac) está desenvolvendo uma ferramenta que pode ser aplicada nos sistemas de segurança da Internet e de terminais de atendimento eletrônico. Trata-se de um software que identifica o usuário pela forma como ele digita seus dados no teclado.

A pesquisa, intitulada “Desenvolvimento de ferramenta de autenticação biométrica baseada na dinâmica da digitação com ênfase em teclados numéricos”, é de autoria de Leonardo José Tenório Mourão Torres, sob a orientação do professor Ricardo Rubens Gomes Nunes Filho. Este estudo foi selecionado para participar da 60ª reunião anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) realizada na semana passada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp - SP).

“Cada um de nós tem um padrão de comportamento no ato da digitação. Temos um ritmo próprio e padrões de erros, por exemplo. O que estamos propondo é a implantação de uma ferramenta complementar de segurança capaz de identificar não apenas se uma senha digitada na web ou em um terminal eletrônico está correta, mas se foi o proprietário dela que realmente a digitou”, explica Torres, mencionando que o reforço dado pelo software evita que outras pessoas possam realizar operações financeiras ou de compras utilizando as informações dos clientes de bancos ou sites de vendas. “A grande finalidade da ferramenta é evitar fraudes, reforçando os sistemas de segurança”, resume.

A biometria aplicada à tecnologia já permitiu a criação de ferramentas que identificam os usuários por suas digitais, voz e pela leitura da íris ou da retina, destaca Leonardo Torres. Contudo, esse programa que estamos desenvolvendo aqui tende a chegar com um custo inferior ao mercado, tendo em vista que ele requer uma quantidade menor de equipamentos e dispositivos eletrônicos”, argumenta.

Segundo o professor Ricardo Rubens, o estudo da tecnologia baseada na dinâmica da digitação surgiu em meados da década de 70, nos Estados Unidos. “De lá para cá, apenas uma empresa conseguiu lançar um produto no mercado. O que estamos desenvolvendo aqui é uma ferramenta ainda inédita no Brasil”, conta. Atualmente, o software do pesquisador do Cesmac está na fase de ajuste de programação e deve ser concluído em dois meses. A ferramenta será testada em setembro no laboratório de informática do Cesmac.

“Primeiro fizemos um estudo do estado-da-arte em dinâmica da digitação para descobrir os principais aspectos que envolvem um sistema dessa natureza. Em seguida, propomos um modelo, fazendo alguns ajustes no que existia e dando sugestões para incrementar ainda mais a segurança”, explica Leonardo Torres, mencionando que o programa funciona em três etapas: cadastro, extração de características e validação do usuário.

Na fase de cadastro, o usuário verifica se possui uma conta, em caso negativo ele preenche um cadastro com suas informações pessoais. Também é definido no cadastro um número de amostras e de seções que servem para limitar a construção de conjunto de informações que se cruzam para fazer a identificação do usuário. Na etapa de extração de características, o usuário identifica sua conta e confirmar suas informações. Nesse momento entra em ação o chamado “inspetor de qualidade”, uma rotina que verifica a qualidade da mostra observando se há erros na digitação dos dados cadastrais. Caso o processo seja validado, entra em ação o extrator de característica que irá capturar o tempo da digitação entre uma tecla e outra e o tempo de pressionamento de cada tecla. “Concluídas as etapas de extração o sistema identifica se as informações cruzadas confirmam o padrão de comportamento de digitação do usuário”, diz Leonardo Torres.

Fonte Alagoas em Tempo Real

Nota: Pense como será fácil identificar um(a) adventista: Ele não compra certos tipos de alimentos, Não frequenta determinados lugares, Não faz movimentação financeira no sábado, Ele acessa determinados sites, etc. Você percebe que tudo está caminhando para os fiéis serem proibidos de comprar e vender?